Cecília Garcia é de São Paulo, capital. Seu peculiar amor por animais me fez pensar em origens outras. Mas ela nasceu foi numa casa de pessoas inventivas e inquietas. Filha de um pai gambiarrista que inventa e conserta qualquer coisa que colocar na mão dele e de uma mãe de alma livre, que acredita em duendes, ocultismo e tudo o que é espiritual, é ela uma criança de caçar insetos e fazer bolo de terra no quintal.
Quando tinha quatro anos, morou em Uberlândia, Minas Gerais. O pai, mineiro, tentou a vida por lá um tempinho. Apesar de não ter quase idade, ela se lembra de tudo de maneira muito vívida: como o ar era seco e dourado fazia coçar o seu nariz; como ficava triste ao ver uma jibóia que morava numa gaiola no Parque Sabiá; como seu maior tesouro era um álbum de figurinhas de dinossauro.
Ceci é escrita. E trabalha como jornalista fazendo matérias de educação e inovação e como curadora de conhecimento. Eu a conheci no Espaço Húmus, canal de arte e cultura online, onde ela desenvolveu uma série de vídeos sobre questões do feminismo, entrevistando ativistas, escritoras, cantoras, fotógrafas e artistas.
“Andarilha é uma casa móvel, onde pessoas que acreditam nos tantos saberes se unem para prosear, jantar, quiçá até ouvir música. Andarilha é um lar com pernas, lar de pessoas que entendem que os olhos já perambulam, e isso basta”
Por aqui, Cecília escreve e dá dicas sobre livros e filmes no nosso Dicionário de Bolso. E compartilha ideias, pensamentos e vôos nas asas de vespas.
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