Patuá, por Luiza Wolff
Pesquisando sobre a palavra patuá, a nossa colaboradora Carol Hoffmann, nos apresentou a antropóloga Luiza Wolff. Nosso olhar estava tão focado mais ao Norte que ficamos surpresos ao saber sobre as suas pesquisas no Rio Grande do Sul. Nascida em Porto Alegre, a gaúcha se mudou para Pelotas e se deparou com um legado africano muito presente na cultura local. Foi o território perfeito para continuar seus estudos sobre religiões afro-brasileiras através de seus objetos. Pedi à Luiza para buscar algumas fotos da sua gaveta e compartilhar com a gente registros de suas andanças: A: De onde vem seu interesse pelas religiões afro-brasileiras? L: O interesse surgiu quando me mudei de Porto Alegre (RS) para Pelotas (RS) para cursar bacharelado em Antropologia, com ênfase em Arqueologia. A minha curiosidade sobre a religião afro-brasileira foi despertada e ficando mais forte porque as casas afro-religiosas em Pelotas são extremamente presentes. Por mais exótico que pareça para quem não conhece a história do Rio Grande do Sul, essa cidade ao sul do sul tem uma cultura afro-brasileira fortíssima. Pelotas foi uma cidade de produção de charque e provou uma …