“Eu nasci para viver em movimento”, Marizilda Cruppe
Marizilda Cruppe é técnica em mecânica, abandonou o curso de engenharia para ser piloto de avião até descobrir sua vocação no fotojornalismo. Trabalhou no Jornal O Globo durante 4 anos até decidir migrar para a fotografia documental em 2011. Seu interesse por temas relacionados aos direitos humanos e civis, desigualdade social, doenças negligenciadas e meio-ambiente a fazem viajar pelo Brasil e pelo mundo trabalhando para organizações como Greenpeace, Comitê Internacional da Cruz Vermelha e Médicos sem Fronteiras. Soube de seu trabalho pela série mais recente de fotos de celular que ela faz das suas novas moradas. É que Marizilda não tem casa fixa, ela vai aonde a fotografia a leva. Andarilha no sentido literal da palavra, sua fala me encanta quando ela assume que nasceu mesmo para estar em movimento pois essa é a forma que ela consegue estar sempre presente: A: De onde surgiu a vontade de ser fotojornalista? M: Eu acho que o fotojornalismo sempre esteve no meu sangue. Em um período pré internet, morando numa cidade (Nova Iguaçu) sem museus, boas livrarias e até boas bancas de …