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Brincante, por Lucas Magalhães

Na Convocatória Brincante (realizada junto ao Coletivo Nação, com apoio da Revista Raiz), buscamos selecionar também jovens olhares, como o de Lucas Magalhães. O mineiro vivenciou em sua própria cidade, Belo Horizonte, na comunidade de Concórdia, manifestações culturais populares tradicionais do Congado. A relação com as crianças e com os jovens do local ressaltou a importância de seu olhar como também fotógrafo. Por aqui, entrevistamos mais sobre a sua pesquisa: Como você chegou até a comunidade de Concórdia, em Belo Horizonte? Cheguei ao Reinado Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário por meio de um projeto de pesquisa e extensão pela UEMG – Escola de Design. Durante a disciplina optativa “Antropologia Visual” do curso Bacharelado em Design Gráfico, conheci o trabalho da professora e pesquisadora Cristiane Gusmão Nery, que já vinha desenvolvendo projetos não só com o Reinado Treze de Maio, mas também com diversas Guardas de Reinado de Nossa Senhora do Rosário em Belo Horizonte e região (Ibirité, Prudente de Morais e Conselheiro Lafaiete são algumas cidades em que também estivemos presentes). O trabalho mais extenso …

Erlaine e a família Biano: a herança do Congado

Em visita à Jequitibá, cidade conhecida como a capital do folclore mineiro, fomos convidados pela equipe do Folclorata (festival que promove o encontro de culturas populares) para ir acompanhar um ensaio da família Biano. Logo quando chegamos à comunidade quilombola de Lagoa da Trindade, encontramos um sítio de terra batida, uma casa amarela, muitos tambores e, claro, a serelepe Erlaine na varanda da casa. Tem gente que nasce festa. Pois Erlaine nasceu na família certa. Seu avô Sebastião começou a Congada e seu pai Domingos seguiu formando a Guarda de Nossa Senhora do Rosário.  Erlaine fez questão de nos mostrar um diploma comemorativo que o prefeito concedeu em homenagem ao seu pai. Com muito orgulho, ela conta que ele não foi só um grande salvaguardor deste saber na família, mas também um criador de danças, cantorias e rítmos. É dele a autoria da Dança das Manguaras, uma apresentação feita com varas longas de pau (manguaras) extremamente enérgica, guiada pelo som de apitos ritmados, com coreografias diversas: ‘Meu pai já era de idade quando ele viu uma dança em uma festa [Vilão] e decidiu criar uma parecida, mas ao seu jeito. Colocou …