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Festival LAB, por Taynara Pretto da Cunha

Taynara Pretto é catarinense e coleciona mais endereços de morada do que eu. É quem nos recebeu em sua atual casa, em Maceió, com o melhor bolo de rolo de Alagoas e um punhado de carinho. Conviver com quem vive, trabalha e faz música é um constante presente em minha vida. Por isso, quando recebemos o convite de nosso amigo, Victor Almeida, não resistimos. Fomos lá conferir mais uma edição do festival de música independente, o LAB, criado por ele e produzido pela Taynara: Viver em uma cidade como Maceió é conhecer de perto a expressão “faça você mesmo”. Perceber as suas necessidades e as de quem convive no mesmo meio que você e querer transformar isso em algo positivo é – e só pode ser – uma coisa boa. Foi assim que nasceu o Festival LAB, lá em 2009: da vontade de reunir amigos em um espaço legal para ouvir música. Música que, de certa maneira, é relevante para nós, não obedecendo, necessariamente, questões de mercado ou projeções de público. Peguei o barco andando, dois …

Anna Cunha [Belo Horizonte, MG]

Anna Cunha é mineira e cresceu cercada de silêncios, leituras e desenhos. Da sua curiosidade enorme pela natureza, se formou inutilmente bióloga. De pequena, sua paisagem são as montanhas de Minas, desde o sítio do pai encrustado na Serra da Moeda, à cidade de sua mãe aos pés da Serra da Canastra e na nascente do Rio São Francisco. Descalça, no alto de uma jabuticabeira, Anna foi criada a pão de queijo e doce de leite, folia de reis e procissão, Guimarães Rosa e Drummond. Já passou um tempo morando na Alemanha e em Barcelona, mas não se vê vivendo em outro lugar que não Belo Horizonte. Mas isso nunca a fez menos Andarilha, pelo contrário. Foi a herança mais preciosa de seus pais conhecer o mundo: “essa necessidade vital de me perder, em busca de paisagem, pessoas e culturas desconhecidas; essa necessidade de reinventar o meu olhar, voltar à nascente de ver e sentir pela primeira vez. Uma vontade de deixar meu mundo pra trás e sair sem bagagem, pra ter espaço vazio, pra recolher a jornada, os encontros, as descobertas. pra …