Encantarias, por Rodrigo Sena

Autor(a):

Rodrigo Sena é fotógrafo, documentarista e co-diretor de “Encantarias”. Nascido no Rio, vive em Natal, onde investiga a fé, as religiões, as crenças, os orixás através da câmera. Por aqui, ele conta como muito começou em sua infância e compartilha alguns dos seus principais trabalhos:

https://www.youtube.com/watch?v=16VUJ1HB_As

• Por que fazer o documentário Encantarias?

Para diminuir distâncias. Venho de uma educação cristã e, quando criança, se eu cantava a música baiana com todos os seus orixás, levava bronca: “Não cante demônios!”. Quando adulto, procurei saber quem era esse tal de “orixá” ou suposto “demônio”. Fiquei fascinado ao conhecer os Encantados orixás, divindades celestiais que não tinham qualquer relação com demônios e vinham atrelados à uma questão sociocultural. Fiz a escolha de contar essas historias, valorizar e desmistificá-las através de trabalhos como Encantarias [2015], Festa de Deuses e Homens [2011], Herança [2012], entre outros.

mae de santoYaEnsaio “Afrobrasileiros”, por Rodrigo Sena.

• O que é o Coletivo Nação?

Coletivo Nação surge da vontade de somar através de um coletivo de fotógrafos de distintas regiões do país com o objetivo de documentar as idiossincrasias regionais do Brasil. Um combinando de projetos individuais e coletivos que trabalha particularidades e apresenta processos criativos em desenvolvimento como forma de comunicação, crítica e educação. É uma rede profissional apta a associar-se a outras instâncias e a criar plataformas de discussão com pesquisadores, curadores, críticos da imagem e também com o público não especializado.

Screen Shot 2015-11-03 at 8.15.59 AM Screen Shot 2015-11-03 at 8.17.24 AMEnsaio “Romeiro”, por Rodrigo Sena.

• Conte um pouco sobre como foi fotografar Nazaré da Mata.

Você faz contato com Recife, mas a raiz da cultura pernambucana está no interior do estado. Quando aprofundamos o trabalho, percebemos que a região de Nazaré da Mata, Carpina, Pedra de Fogo, Ferreiros é onde se encontra o imaginário nordestino traduzido em cores e tradição. Distante do ambiente cultural comercial, dos modismos e dos olhos da mídia. Há uma forte ligação entre o profano e sagrado, registro importante.

IMG_2100 (1)Screen Shot 2015-09-26 at 11.14.54 PMEnsaio “Cambinda do Cumbe”, por Rodrigo Sena.

• Para você, o que é “patuá”?

Parte de uma simbologia em forma de amuleto. Objeto pessoal íntimo, sagrado, proteção, blindagem.

Screen Shot 2015-09-26 at 11.14.17 PM


Para saber mais: Rodrigo Sena

 

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