A luz do sertão nas marcas de gado e gentes, por Iana Soares
Quando eu vi o ensaio da jornalista e cientista social, Iana Soares, “Sertão a Ferro e Fogo”, traçando o trajeto das marcas do ferro pelo sertão cearense, não tive dúvida. Convidei-a para contar um pouco sobre este seu trabalho como editora de fotografia do jornal O Povo. Depois de ler sobre sua caminhada, fiquei com a impressão que esses passos deixaram também marcas em Iana, que seguiu solta de Fortaleza para Barcelona para fazer um mestrado, mas levando sempre o sertão em si: https://youtu.be/YcWXMbjKKy8 A dúvida e o desconhecido movem o passo e desenham os encontros dos que escolhemos o caminho do jornalismo. As histórias dos outros escrevem também a nossa, nas trilhas dos pés que pisam o asfalto e também a terra amarela, marrom e vermelha do semiárido nordestino. Se na vida colecionamos poucas certezas, uma das que costurei sob a pele é a de que o sertão é infinito. É o território do paradoxo e da invenção. Nos dias feitos de esperança, é sempre fim e recomeço. Chico Gomes, ferreiro habilidoso do distrito de Santa …